Reflexos;

Todos em sua casa já haviam se deitado mais ela não sentia sono algum,sabe quando sua mente esta totalmente atordoada,não conseguia parar quieta um minuto, sentia falta da sua tranqüilidade. Passou a se sentir assim depois que o viu pela primeira vez. Se perdeu, ela não se achava mais,olhava no espelho e via outra pessoa,a menina alegre, com sorriso no rosto e brilho no olhar não existia,ele á roubou, seqüestrou para um lugar bem longe, ela não podia imaginar que séria assim um dia, ela mostra ser uma pessoa que não é, os amigos já perceberam isso, até ela mesmo sabe que no fundo sente muita falta de quem era,é difícil se acostumar com isso, as noites chegam e parece que o pesadelo sempre volta, sempre vai voltar. E quando ela se sente sozinha ela abraça o travesseiro extra como se fosse a última pedra antes da cachoeira,é vertiginosa a queda quando o desejo não cede ,é sangrento o tombo quando a lucidez é frágil, ela é frágil,dócil, inconstante, imprevisível, tão imprevisível que nunca sonhou passar o que está passando agora, a cada fechar de olhos uma imagem mais dura,o sorriso dele em outros olhos e lágrimas, lágrimas sangrentas, coração partido, torturas, ela pede,suplica: - devolva-me, reflexos no espelho de uma garota destruída. E hoje ela acordou e olhou no espelho, e não se viu, sumindo na sua mágoa. Ela sabia que poderia ser diferente, o único desejo dela e reverter essa situação, momentos, passado, ela deseja apagar.
Eu abro um espaço. – Por favor queira me encontrar, devolva-me.
                                                                           Ana Souza

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