Caminhos ;


Há anos eu me limitava a quatro paredes, só elas sabiam todos os meus segredos, viam meus sorrisos, minhas gargalhadas e assim que eu saia para além daquelas paredes eu me tornava uma pessoa fria, ou simplesmente alguém que quer esconder seus sentimentos. Amar, era sinônimo de pecado e a dor sempre andava junto a ele. Eu dizia que não queria nem saber em amar alguém, mas isso nunca coube a mim decidir, e essa era a única forma que eu encontrava de me defender. Isso durou até quando eu conheci o "amor". Com ele fui uma das pessoas mais felizes, senti e conheci os sentimentos mais puros e também os mais obscuros e dolorosos. Me libertei da minha redoma e me escondi atrás dos sorrisos e da maquiagem que desfarçavam as  noites mal dormidas. Com o tempo descobri que assim como julguei os outros, começaram a me julgar, mas eu não ligava, a única coisa que me preocupava era perder você. Eu sempre tinha uma desculpa para aliviar os teus atos e erros. Passei a acreditar  em destino e descobri que há dois caminhos a se seguir. Eu estava seguindo o certo, mas no meio do caminho voltei e segui o outro. Não sabia, mas aquele caminho afetava a vida de um outro alguém, esse que deveria estar no meu lugar, talvez a muito tempo.Deveria haver uma forma do nosso coração sentir isso e nos empedir a tempo. Mas não, pela primeira vez me esqueci da perfeição e caminhei sem medo, até que me perdi e já não conseguia mais encontrar o caminho de volta.
É difícil fechar os olhos e esquecer tudo, quando o seu coração não quer mais aceitar essa idéia. E é assim que eu sigo em frente, com os olhos fechados e ainsa sim, acreditando no amor.

                                                               Karol Ribeiro

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