Não é a hora de dizer ADEUS.

 Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio. (Caio F. Abreu)

Por que você ta fazendo isso comigo, logo agora que a gente estava tão bem, me ignorar estava nos seus planos?

Parecia que você estava tão feliz, tão presente nos meus dias mesmo onipresente.Estava ali, eu sabia que estava. Agora você vem me dizer entre linhas que vai me abandonar assim? Assim sem dizer adeus, meio morrendo dentro da minha vida, como um cadáver gelado, voce não vai dizer nada, partir assim ;com uma pedra de gelo no seu coração e me deixar aqui sozinha?
Você não sabe quanto doi pra mim, ver você assim, indiferente, com medo de caminhar. Antes você me guiava, agora pra onde devo ir? Não sei qual caminho tomar, irei, voltarei, e você não ira dizer mais nada?

Por que eu tenho que ser assim tão apegada as coisas? Seria melhor ser fria, indiferente, e até mesmo malvada, quem sabe meninas assim não sofram tanto. Dizem que essas nuncam sabem o que é o amor, talvez seria melhor não saber mesmo.

Virei prisioneira das suas atitudes,dos seus atos, das suas emoções, dos seus amores, e desapegos, e fui esquecendo de mim, aos pouco,mas fui.

Chovia lá fora, e no meu rosto também ,resolvi sair. Eu sempre preocupava com os dias nebulosos e feios, mas hoje não foi bem assim, sai e deixei a chuva empapar minha roupa e grudar em meus cabelos. A chuva se fundia nas lágrimas que escorriam pelo meu rosto e o gosto de sal tornou-se agridoce em meus lábios trêmulos.

A chuva cessou, eu voltei pra casa correndo com milhões de dores no estômago,olhos secos e palavras engasgadas. Meu coração tinha recebido uma facada, daquelas que matam aos poucos, e lá as borboletas do amor, aquelas que voam dentro de cada um que está apaixonado ,foi se queimando aos poucos, assim como você esta fazendo comigo, me deixando aos poucos.

Agora me pergunto, por que borboletas? Elas morrem tão de pressa, de certo é assim mesmo que acontece, amores são coisas passageiras, juro que irei escutar uma música agora, e irei ficar aqui bem quieta, so escutando as gotículas de água que sobraram dessa horrível tempestade.


                                                              Ana Souza.